O medo da morte aumenta ou diminui com a idade?

A morte é uma questão muito complicada para nós, enquanto seres racionais e conscientes da nossa própria finitude. 

Com isso, o medo da morte, que está em nossas mentes ainda quando crianças, tende a nos acompanhar durante toda a vida.

Ao longo do tempo, com o costume à ideia, tendemos a viver nossos dias evitando, claro, mas não mais pensando nela o tempo todo.

Do mesmo modo, os problemas e as obrigações cotidianas preenchem os espaços outrora dedicados à questões filosóficas irremediáveis, como a morte. Mas ela nunca deixa de estar presente.

Logo, a questão que surge em nossas mentes é: afinal, o medo da morte aumenta ou diminui com a idade?

Pensando em ajudar com essa dúvida, separamos alguns apontamentos para refletirmos juntos sobre essa questão. Confira!

Entendendo o medo da morte

Para seguirmos com a questão, é importante entendermos mais profundamente de onde vem o medo da morte em si.

Dessa forma, o primeiro contato que temos com a morte tende a ser na infância, com a partida de um ente querido, a informação falada ou mostrada em um programa televisivo, entre outras.

Sendo assim, a morte se torna um assunto muito complicado, porque na infância a associamos ao medo do abandono, ou de ficar sozinho em um lugar estranho, longe de todos que amamos.

A partir dessa perspectiva, a criança também relaciona a morte a algo que pode ser evitado de alguma forma, pois não compreende completamente a sua natureza.

Com isso. é claro que existem distinções de acordo com a cultura e com a forma que os familiares lidam com a situação, mas no geral, a compreensão acontece a partir dos 10 anos.

A partir disso, o medo da morte sofrerá influências externas, podendo aumentar ou diminuir, de acordo com as especificações de cada vida. 

Saiba se o medo da morte aumenta ou diminui com a idade

A velhice tende a ser sinônimo de doenças e mortes, pois os idosos vivenciam situações difíceis a partir do enfraquecimento do corpo e da diminuição de algumas noções cognitivas.

Além disso, nessa etapa da vida, já passamos por diversos lutos, muitos deles de pessoas próximas, o que passa a impressão de que a nossa hora está para chegar.

Somando todas essas situações e a noção de que o papel social não é mais o mesmo, cria-se uma sensação de que a morte é iminente.

Assim, levando em conta todos esses fatores, podemos afirmar que, sim, o medo da morte aumenta com a idade. Mas essa situação pode ser evitada de forma mais simples do que se apresenta inicialmente.

Com algumas medidas, é possível atribuir aos idosos um processo de envelhecimento saudável, criando formas de amenizar os temores da morte.

Construir relações familiares próximas e seguras ajuda a evitar a sensação de solidão e abandono nessa etapa da vida e buscar reflexões espirituais e psicológicas.

No geral, o que todos nós enquanto seres humanos precisamos é tentar compreender a vida e não desperdiçarmos o tempo tentando evitar o inevitável.

Uma vez que compreendemos que é possível viver bem, paramos de nos preocupar com o fato dela não existir mais. Essa noção acontece em todas as etapas da vida porque cada fase nos desperta uma entrega!

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Disponível em: A Terceira Idade e seus temores: o medo da morte, a perda de identidade e dos vínculos. https://www.cefipoa.com.br/index.php/br/a-terceira-idade-e-seus-temores-o-medo-da-morte-a-perda-de-identidade-e-dos-vinculos. Acesso em:18 de novembro de 2022.

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