De acordo com uma pesquisa da UBC, publicada no Scientific Reports, foram encontradas evidências claras de que a audição é o último sentido que perdemos antes de morrer.
Essa afirmação reforça a ideia de que nós podemos continuar conversando com as pessoas mesmo quando elas estão morrendo, porque algo continua acontecendo em seus cérebros.
Então, continue lendo a seguir para entender um pouco mais porque a audição é o último sentido que perdemos antes de morrer. Confira!
Entendendo o estudo
Os pesquisadores responsáveis pela descoberta usaram a tecnologia da eletroencefalografia (EEG) com o objetivo de conseguir evidências a partir da medição da atividade elétrica presente no cérebro.
Para a realização do estudo, foram utilizados dados de pacientes paliativos internados em hospitais, em dois momentos diferentes.
O primeiro momento, quando estavam plenamente conscientes, e o segundo, quando deixavam de responder aos estímulos externos.
“Nas últimas horas antes de uma morte natural esperada, muitas pessoas entram em um período de falta de resposta, […] nossos dados mostram que um cérebro moribundo pode responder ao som, mesmo em estado inconsciente, até as últimas horas de vida.” conta Elizabeth Blundon, principal autora do estudo.
Como funciona o monitoramento do EEG
Com o trabalho da eletroencefalografia, os sons que Blundon citou foram monitorados a todo instante.
Em alguns casos, os pacientes, mesmo quando estavam morrendo, demonstravam respostas cerebrais de maneira parecida a de pessoas jovens e saudáveis.
A pesquisa que afirma que a audição é o último sentido que perdemos antes de morrer teve como base um outro estudo europeu.
Nesse estudo, a proposta era observar estímulos cerebrais ao som em pacientes saudáveis e em pacientes com lesões cerebrais graves.
Contudo, é importante ressaltar que todos os pacientes aprovaram previamente a sua participação na pesquisa.
Desse modo, ao fim do estudo, foram feitas gravações cerebrais de cinco voluntários que não respondiam mais ao tratamento paliativo.
A audição pode ser utilizada como o último sentido do amor
Ainda que o estudo possua resultados realmente promissores, não é possível afirmar que as pessoas que estão partindo possam, de fato, compreender o que está sendo falado.
Isso se deve ao fato de que o estudo foca principalmente na resposta elétrica que o cérebro proporciona ao estímulo do som.
Assim, não se pode presumir que exista uma lembrança sobre o timbre da voz ou um entendimento mais profundo sobre a linguagem.
O que os dois estudos mostram é que, de fato, é importante estar perto do seu ente querido, conversando com ele no momento em que se está partindo.
Afinal, existe a possibilidade dessa atitude prestar um conforto para a pessoa em seus últimos momentos e isso é extraordinário.
Além disso, existe a possibilidade de familiares e amigos dividirem uma última lembrança agradável e com bastante amor expressado quando o momento de dizer adeus chega.
Por vezes, esse último ato de cumplicidade mostra que o vínculo que essas pessoas criaram ao longo de suas vidas pode ser mais forte do que as mazelas da morte. Quem sabe?
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Disponível em: Audição é o último sentido a se desligar quando morremos, mostra estudo. https://socientifica.com.br/audicao-e-o-ultimo-sentido-a-se-desligar-quando-morremos-mostra-estudo/. Acesso em: 23 de setembro de 2022.